Em alta, Rivaldinho enfrenta o 'outro time do pai' e se aproxima de marcas importantes
FOTO: Geraldo Bertanha / Assessoria do MMEC
A bola bate nele e entra. A fase de Rivaldo Júnior (Rivaldinho, Juninho ou Rivaldo II) é inegavelmente boa que merece uma postagem especial antes que ele sofra das zicas dos camisas 9 e até aquele chute perfeito saia pela linha de fundo... No sábado, dia 8, o atacante de 20 anos marcou seu 11º gol como profissional. E não foi um gol qualquer. Foi um gol que mostrou a mistura de oportunismo e a já citada boa fase. Quando Serginho desviou o escanteio na primeira trave, a bola se ofereceu em alta velocidade para ele. A conclusão, de primeira, de susto, com jeito, estufou a rede e venceu Saulo.
O mais interessante é que Rivaldinho fazia uma partida apagada. Mesmo em uma função que exige mais eficácia na conclusão do que movimentação, ele tem sido importante ao fazer o pivô, dando referência a Geovane e Serginho, os atacantes costumeiramente abertos pelas pontas. No duelo em que esteve abaixo da média, fez gol. Algo típico de um camisa 9. Principalmente de um que vai cavando um espaço entre os profissionais e que precisa se desvincular do nepotismo para brilhar por si só. Rivaldinho não é Rivaldo. Não é como Rivaldo. Jamais será.
Mesmo que um dia supere o pai em número de gols, algo que não duvido, já que o pai jogava mais longe da área e atuou em alto nível em um período em que o nível do futebol era mais alto. Rivaldinho é o único filho de Rivaldo que não é canhoto. Na destra, possui uma boa batida com o lado de dentro do pé (a tal da chapa), além de ter um bom cabeceio. Falta mais força física para ganhar dos zagueirões e um pouco mais de rodagem, para conhecer os atalhos do gol. Mesmo assim, demonstra potencial para explorar estes atalhos e o principal, é frio em chances claras, algo que um camisa 9 que se preze precisa possuir.
Confira aqui os números de Rivaldinho
E na comparação com outras temporadas, a marca do atacante também é boa. No ano passado, o principal artilheiro do clube no ano foi Magrão, com seis gols (todos no Paulistão). O mais próximo foi Serginho, que marcou cinco, também no estadual. Na Série-C, Everton Heleno e Thomas Anderson anotaram quatro gols cada, ou seja, juntos, fizeram o mesmo que Rivaldinho fez em 2015. Já em 2013, o artilheiro mogimiriano foi Roni, que anotou 9 gols no Paulistão. A um gol da marca do agora atacante do Jaguares-MEX, Rivaldinho fez em 2015 o mesmo que Henrique (ex-Palmeiras e Cruzeiro) marcou há duas temporadas. O mais difícil de bater é o Brocador, que marcou 16 gols apenas no Paulistão de 2012 e fechou aquela temporada no topo da artilharia do Mogi.
Mas, mesmo assim, ao olhar os números da década, Rivaldinho já está entre os principais marcadores. Entre 2011 (quando a década começa a ser contada) e 2015, o jogador que mais fez gols pelo Mogi foi Roni, com 18. Hernane marcou 16 vezes e Rivaldinho fez 11. O garoto é o terceiro da lista ao lado de Magrão, que fez menos partidas e Serginho, seu companheiro de ataque. Outro atual parceiro próximo na lista é Geovane (8 gols depois de 2011 e 15 contando os gols feitos em 2010). Edson Ratinho, defensor com mais gols na década, também tem oito gols, assim como o meia Felipe (8 gols no Paulistão 2012) e o atacante Henrique (8 gols no Paulistão 2013).
Apesar de estar ainda bem longe da unanimidade nas arquibancadas, Rivaldinho, aos poucos, cava seu espaço. Seu próprio espaço. A nova chance de se desvincular do pai é justamente em uma das primeiras casas de Rivaldo. No Arruda, nesta terça-feira, às 19h00, o Mogi enfrenta o Santa Cruz. Contra o primeiro time profissional do pai, Rivaldinho terá a chance de ajudar mais uma vez seu primeiro time profissional. E de aumentar, ainda mais, as suas marcas artilheiras no Mogi Mirim...
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