Morreu Pedro Rocha, o Dom Pedrito, ídolo do São Paulo na década de 70
Ele completaria 71 anos nesta terça-feira, mas sofria há cinco anos de uma doença degenerativa
A causa da morte seria uma doença degenerativa, que já o atormentava há cinco anos, chamada atrofia do mesencéfalo. Ele tinha 70 anos, mas completaria 71 anos justamente neste dia 3 de dezembro, terça-feira. Depois de se dar mal no controle de um bingo, Pedro Rocha teve muitos problemas financeiros. Atualmente recebia uma aposentadoria inferior a R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais) e só conseguia se tratar e comprar medicamentos com auxílio da direção do São Paulo.
Adaptado ao Brasil, muitos anos após pendurar as chuteiras Pedro Rocha tentou ser treinador. Mas só trabalhou em clubes de menor expressão como o Mogi Mirim e outros times do Interior mineiro. Mas passou rapidamente pela Portuguesa e Internacional-RS, mas sem sucesso. Treinou 20 clubes entre 1981 e 2009, quando sofreu um AVC.
Pedro Virgílio Rocha Franchetti teve uma carreira brilhante. Assumiu uma vaga no Penãrol em 1960, quando o time preto e amarelo já era bicampeão do país. Como o time, na época, era repleto de craques, o “menino prodígio” foi encostado para a ponta direita, onde brilhou e conquistou mais três títulos seguidos pelo clube de Montevidéo.
Depois não parou mais de conquistar títulos,sagrando-se campeão uruguaio em 1964, 65, 67 e 68. Conquistou ainda três Libertadores, em 1960, 61 e 66.
Se não conquistou a Copa pelo Uruguai, conseguiu ser campeão do mundo por seu clube em duas oportunidades. A primeira em 1961, em cima do Benfica, e a segunda em 1966 contra o poderoso Real Madrid.
Pedro Rocha chegou ao São Paulo em 1970, mas enfrentou muitas dificuldades para se adaptar para jogar ao lado de Gerson, vindo do Botafogo. As vezes atuava a de maia, outras de ponta e até de centroavante.
Mas foi campeão pela primeira vez em cima da Ponte Preta, num jogo polêmico em que um pênalti inexistente sobre Terto, assinalado por Arnaldo César Coelho, atual comentarista de arbitragem da Rede Globo. O gol derrubou a Ponte Preta, que iniciou uma sina de vice-campeã paulista: 1970, 1977, 1979, 1981 e 2010.
Em duas temporadas, 1970 e 1971, só tinha marcado 13 gols em 53 jogos, muito pouco para quem já tinha conquistado tantos títulos. Mas em 1972, finamente, se firmou, justamente, quando Gerson deixou o clube e deixou Pedro Rocha solto no meio-campo. Nesta temporada fez 25 gols em 56 jogos. E dividiu a artilharia do Campeonato Brasileiro de 1972 com Dario Peito de Aço, do Atlético Mineiro, com 17 gols.
Nesta altura, Pedro Rocha dava seus últimos chutes, passando pelo Coritiba, onde foi campeão, passando depois rapidamente pelo Palmeiras, Bangu e pendurou as chuteiras no Monterrrey, do México.
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