Deu a Louca PAULISTÃO: Federação tenta impor fórmula absurda para mais seis clubes

PAULISTÃO: Federação tenta impor fórmula absurda para mais seis clubes


FPF vetou turno único e fórmula proposta vai gerar prejuízos técnico e financeiro aos clubes do Interior

Publicado na quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Campinas, SP, 23 (AFI) – Os dirigentes que comandam o futebol de São Paulo vão dar um aperto em mais alguns clubes do Interior, nesta quarta-feira, quando acontecerá o tradicional “almoço do amém” na sede da Federação Paulista de Futebol (FPF), em São Paulo. Quatro ou cinco presidentes devem estar presentes para ouvir a proposta absurda da FPF para o Paulistão 2014.
Enquanto a competição atual, de 2013, teve 23 datas, agora serão apenas 19 datas disponíveis.
Confira!

O mais lógico, então, era fazer uma competição com turno único, com 19 jogos para cada time. O campeão seria o time que somasse mais pontos, enquanto os quatro piores seriam rebaixados para a Série A2. Seria uma disputa com critério técnico e com bom retorno financeiro. A competição vai começar dia 18 de janeiro e terminar (a fase classificatória) no dia 27 de março.

MUITOS PREJUÍZOS
Na última sexta-feira, 11 clubes participaram do “Almoço do Amém”, quando Marco Polo Del Nero tentou impor a fórmula absurda da FPF. Ela alega que a televisão quer ter “uma final” e pretende cumprir as 19 datas disponíveis.

Mas os prejuízos dos clubes seriam enormes. Na primeira fase, ao invés de fazer 19 jogos, fariam 15 jogos. Seriam quatro jogos a menos. Um prejuízo financeiro.
Os 10 primeiros colocados de 2013, por regulamento, teriam direito a disputar 10 jogos em casa e nove fora. Na hipótese da FPF estes times fariam 8 jogos em casa e 7 fora. Outro prejuízo, mais técnico. Os clubes do Interior receberiam dois grandes clubes em casa, o que proporcionaria grandes rendas. Agora a maioria vai receber apenas um grande time. Prejuízo financeiro e técnico.
Sem contar da distribuição desigual das cotas de televisão. Uma divisão que comprova o elitista com que a Federação Paulista trata seus filiados. Enquanto a maioria dos clubes – 15 times do Interior e mais a Portuguesa, que nunca foi considerado grande – vai receber cotas próximas de R$ 2,5 milhões, os quatro grandes – Corinthians, Santos, São Paulo e Palmeiras – vão receber perto de R$ 25 milhões. Uma divisão elitista.

Há ainda outra diferença: os grandes recebem luvas que beiram os 40% - perto de R$ 10 milhões – e o restante e duas parcelas. Enquanto isso, os desamparados “pequenos do Interior” vão receber suas cotas divididas em quatro cotas iguais – cada uma perto de R$ 630 mil.
HÁ TIMES CONTRA
Ponte Preta e Bragantino são contra esta fórmula proposta e o Linense alega já ter vendido carnês para fazer 10 jogos em casa. E participaram ainda da reunião os novatos Portuguesa, Grêmio/Audax e Comercial; XV de Piracicaba, Botafogo, Penapolense e Atlético de Sorocaba.
Faltaram alguns clubes, por falta de convite ou esquecimento, como Oeste de Itápolis, Rio Claro, Paulista de Jundiaí, Mogi Mirim, São Bernardo e Ituano.
Se os dirigentes dos clubes do Interior não fossem medrosos e omissos, a Federação não cometeria este tipo de absurdo. Isso porque o Conselho Arbitral, em data a ser marcada, dá a cada clube o direito de voto com peso igual. Por exemplo: o Interior unido teria 15 votos ou até mesmo 16, se a Portuguesa se juntasse, contra os quatro grandes. Tão fácil e simples.
FÓRMULA ABSURDA
Mas o presidente da FPF, Marco Polo Del Nero, vem apregoando aos dirigentes de que está formula não é viável. Ele defende uma final de campeonato entre dois clubes e propõe uma divisão absurda entre os clubes.

A fórmula dividiria os 20 clubes em quatro clubes de cinco times cada. Eles não jogariam dentro de seu grupo, mas contra os 15 times dos outros três grupos. O mais incrível ainda é o critério de rebaixamento, que seria aplicado aos quatro times que tivessem somado menos pontos, independente de grupo. É possível até que dois times de um determinado grupo seja rebaixado.

Após a fase de classificação, existem duas possibilidades. Uma delas seria que apenas o líder de cada grupo – quatro – chegassem às semifinais. Seriam mais duas rodadas semifinais e mais duas rodadas das finais, totalizando 19 rodadas.
A outra opção, após a fase de classificação (15 jogos) a classificação de dois times de cada grupo, num total de oito. Seria mata-mata direto (um jogo) nas quartas e nas semifinais, compreendo duas datas. E seriam mais duas datas para os finalistas – com jogos de ida e volta.
SORTEIO DIRIGIDO
Bem ao estilo da Fifa, desta vez o sorteio de clubes seria dirigido. Os quatro grandes – Corinthians, Santos, São Paulo e Palmeiras – seriam cabeças de chave. Os quatro times que subiram da Série A2 ficariam num outro pote para sorteio, para que cada um ficasse num grupo – Portuguesa (campeã), Rio Claro (vice), Audax (que virou Osasco Audax) e Comercial de Ribeirão Preto.
Os outros 12 times serão divididos em outros três potes, conforme a classificação de 2013.
Divisão dos "Potes Mágicos" da FPF:

Pote 1 - Os Grandes

Corinthians
São Paulo
Palmeiras
Santos

Pote 2 - De 1.º a 4º do InteriorMogi Mirim
Ponte Preta
Botafogo
Penapolense

Pote 3 - de 5.º a 8º do InteriorLinense
XV de Piracicaba
Bragantino
São Bernardo

Pote 4 - de 9.º a 12.º do InteriorPaulista
Ituano
Atlético Sorocaba
Oeste

Pote 5 - Vieram da Série A2Portuguesa
Comercial
Rio Claro
Grêmio Osasco / Audax