ESPECIAL GUARANI: 2013, um ano inteiro com cara de sexta-feira 13
Bugre amagou degola no Paulistão, eliminação na 1ª fase da Copa do Brasil e fracasso na Série C
Afinal, não bastasse a dívida de quase R$ 200 milhões e os inúmeros processos trabalhistas em execução, Mingone “limpou o caixa”. Em 2012, ele adiantou a cota do Paulistão de 2013. E como o time disputaria a Série C do Brasileiro – que não possui cotas de TV -, o Guarani praticamente não possuía uma fonte de renda considerável. E, para piorar, o ex-presidente vendeu as principais promessas da base e destaques do time profissional em negociações obscuras. O dinheiro? Sabe-se lá onde foi parar.
Primeiro semestre para se esquecerQuando a diretoria de Negrão assumiu o Bugre, o clima era de incertezas. As medidas drásticas adotadas pela nova gestão deixaram o torcedor bugrino com a “pulga atrás da orelha”. Ainda assim, a maioria deu voto de confiança. Até porque o que poderia ser pior que o trio ternura José Luís Lourencetti, Leonel Martin e Marcelo Mingone?
A mudança de treinador, contudo, não serviu para salvar o Bugre. Vítima da herança maldita, o clube voltou a conviver com a rotina de salários atrasados. Soma-se isso ao elenco limitado, montado por conta das limitações de orçamento, e o resultado foi a pior campanha da história do clube no Paulistão: 10 pontos em 19 jogos e a lanterninha nas mãos.
A campanha pífia culminou no décimo rebaixamento do Bugre, sendo o nono apenas nos últimos 12 anos. Para coroar o primeiro semestre ruim, o Alviverde ainda amargou uma eliminação na primeira fase da Copa do Brasil, diante do modesto (para não dizer algo pior) Confiança-SE.
Quem segura o Bugre?Após a queda no Paulistão e na Copa do Brasil, a diretoria bugrina teria cerca de 40 dias para montar um novo time para Série C. Tempo que, se não o ideal, era suficiente para apagar os incêndios e renovar os ânimos. A proposta era renovar tudo. Com a saída de Paulo Pereira, o jovem promissor Tarcísio Pugliese fora contratado. E junto com ele veio um caminhão de reforços, muitos deles destaques da Caldense-MG, antigo time do novo treinador.
Foram incríveis 11 jogos de invencibilidade – com cinco vitórias e seis empates -, além de dez partidas sem tomar um golzinho sequer. O goleiro Juliano chegou a acumular mais de 950 minutos sem ser vazado, batendo o recordo que pertencia ao ídolo Neneca.
Quando conheceu a primeira derrota – perdeu para o Caxias, por 1 a 0, em casa -, a confiança do time não se abalou. Afinal, aquele revés fez o time perder a ponta, mas caindo apenas para vice-liderança da chave. Faltando seis rodadas para o final da 1ª fase, a classificação ainda parecia questão de tempo.
Apagão inexplicávelFoi aí que aconteceu a segunda surpresa da Série C. Aquela derrota para os gaúchos já era o quarto jogo sem vitórias dos comandados de Pugliese, que vinham já de três empates. Sem explicação alguma, o time parece ter sofrido um grande apagão. Nos seis jogos seguintes, foram mais três empates e três derrotas.
Os prejuízos causados pela má performance de 2013 são incalculáveis. No próximo ano, o clube terá de disputar as famigeradas Série A2 e Série C. O único "oásis" é a Copa do Brasil, mas se depender do retrospecto recente a participação bugrina não deve ir muito longe.
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