ESPECIAL PONTE PRETA: Montanha russa alvinegra termina com vice e na Série B

ESPECIAL PONTE PRETA: Montanha russa alvinegra termina com vice e na Série B

A Macaca foi rebaixada, mas ganhou projeção internacional com a grande campanha na Sul-Americana



Campinas, SP, 31 (AFI) - O ano de 2013 ficará na memória de todos os torcedores pontepretanos. Um grande desempenho na primeira fase do Campeonato Paulista, uma eliminação com goleada em casa para o Corinthians nas quartas de finais, o rebaixamento no Brasileirão amargando a penúltima colocação, a primeira competição internacional, a vaga na final da Copa Sul-Americana e mais um vice na história. A montanha russa alvinegra, de fato, mexeu com sua fiel torcida.

 Confira! 

A temporada não poderia começar melhor, tanto que os comandados de Guto Ferreira escreveram os nomes na história do clube alvinegro no dia 24 de março. Com a vitória sobre o Paulista, por 1 a 0, em Jundiaí, pela 14ª rodada do Campeonato Paulista, a Macaca chegou ao 14ª jogo de invencibilidade - oito vitórias e seis empates - e quebrou a marca de 1981. A primeira derrota viria na rodada seguinte, para o Palmeiras, em pleno Moisés Lucarelli.

Depois disso, a Ponte Preta alternou partidas boas e ruins, mas mesmo assim terminou a primeira fase em quarto lugar. Se não fosse uma decisão errada da diretoria, que resolveu poupar quase todos os titulares na última rodada, contra o Bragantino, a Macaca poderia ficar no segundo lugar, enfrentando o Botafogo nas quartas de finais. Mas empatou diante do Massa Bruta e enfrentou o poderoso Corinthians. A vantagem? Apenas de jogar no Majestoso.
Mesmo contando com o apoio da torcida, a Ponte Preta foi presa fácil, sendo goleada pelo Timão por 4 a 0. A eliminação deixou Guto Ferreira na corda bamba e a diretoria iniciou o processo de fritura do treinador. A intenção era demiti-lo, mas o Título de Campeão do Interior sobre o Penapolense deu um gás a mais para o comandante permanecer no cargo. Mesmo assim, todos sabiam que seus dias estavam contados na Macaca.
A demissão veio depois da derrota para o Atlético-PR, por 4 a 3, pela quarta rodada do Brasileirão. Até aí, haviam sido três derrotas e uma vitória. Para explicar a saída de Guto Ferreira, a diretoria "mentiu" ao dizer que o treinador não tinha um bom relacionamento com os jogadores. O argumento viria água abaixo quando a Ponte enfrentou a Portuguesa pelo Brasileirão. Todos os atletas pontepretanos foram cumprimentar o treinador, na época adversário, no banco de reservas.
Carpegiani, falta de planejamento e inúmeros erros!
Mas a mudança na comissão técnica não surtiu o efeito esperado pela diretoria. Mudando a ideologia, de contratar treinador em início de carreira, o clube anunciou a contratação do experiente Paulo César Carpegiani, que estava parado há um bom tempo e totalmente desatualizado. A saída viria depois de apenas 13 jogos, com quatro vitórias, três empates e seis derrotas.

No dia 25 de agosto, a Ponte Preta anunciou a chegada de Jorginho como última aposta para manter o time na elite do Brasileirão. O barco, porém, já havia afundado. O ex-lateral da Seleção Brasileira chegou a dar um poder de reação a Macaca, que teve algumas boas oportunidades de deixar a zona de rebaixamento. Mas a falta de qualidade do elenco e o fato de disputar duas competições ao mesmo tempo (Brasileirão e Sul-Americana) desgastaram demais os jogadores, que caíram de ritmo na reta final. Com apenas 37 pontos, os campineiros amargaram a penúltima colocação e o rebaixamento para a Série B.
Mas não foi apenas em relação as mudanças precipitadas de comissão técnica que a diretoria, liderada por Ocimar Bolicenho, errou. Apesar de conseguir negociar o lateral-direito Cicinho e o zagueiro Cléber com Santos e Corinthians, respectivamente, por aproximadamente R$ 10 milhões, a Ponte Preta contratou jogadores modestos e sem a mínima condição de disputarem a elite do Brasileirão, como os laterais Luis Advíncula, Régis e Tiago Cametá, volantes Magal, Paulo Roberto e Fernando, o meia Brian Sarmiento, e os atacantes Adaílton e Dênnis, entre outros.
Durante o Campeonato Brasileiro, a diretoria também não soube lidar com a falta de motivação de alguns jogadores. Em especial o peruano Ramirez. Emprestado pelo Corinthians, o meia chegou ao Majestoso no início do Paulistão e estreou com gol no dérbi diante do Guarani, caindo nas graças dos torcedores. Fez um bom Estadual e chegou a receber sondagens de outros clubes, mas a Macaca não liberou. Depois disso, o camisa 10 caiu bruscamente de rendimento e perdeu espaço entre os titulares, sendo o principal alvo dos torcedores. No segundo turno do Brasileirão, foi afastado e não voltou mais.
Jorginho e a Sul-Americana
O ano de 2013, porém, trouxe também trouxe coisas boas para a Ponte Preta. A contratação de Jorginho foi uma delas. Apesar de não conseguir livrar o time do rebaixamento e nem o título da Sul-Americana, o treinador caiu nas graças dos torcedores e não escondeu sua identificação com a Macaca, tanto que tinha a intenção de permanecer para a próxima temporada, mas as condições financeiras impediram a renovação de contrato. O tetracampeão mundial com a Seleção, porém, deixa o Majestoso pela porta da frente e prometeu voltar.
E o que falar da Copa Sul-Americana? Logo em sua primeira competição internacional, a Ponte Preta conseguiu chegar na grande final, tendo eliminado Criciúma e Deportivo Pasto, além dos tradicionais Vélez Sarsfield - em plena Argentina - e o São Paulo - com uma vitória por 3 a 1 fora de casa. A torcida comprou a ideia e apoiou o time campineiro em todos os lugares, inclusive comparecendo em peso no José Amalfitani (Buenos Aires) e Morumbi.

Como o Moisés Lucarelli não tinha capacidade para receber mais de 20 mil pessoas, a Ponte precisou mandar o jogo da semifinal contra o São Paulo para o Romildo Gomes Ferreira, em Mogi Mirim. Depois de muita polêmica, a partida terminou empatada por 1 a 1, mas a festa foi mesmo da torcida alvinegra. Quase 15 mil torcedores comemoraram a grande classificação para a final.
Também por causa do regulamento, a primeira partida da decisão contra o Lanús-ARG foi realizada no Pacaembu, que ficou conhecido como Macacaembu. Quase 40 mil pontepretanos deram show nas arquibancadas e voltaram para Campinas esperançosos depois do empate por 1 a 1. A grande final seria na Argentina. E, mais uma vez, a Macaca teve o apoio de seus torcedores. Quatro mil pessoas estiveram no Estádio La Fortaleza e viram o Lanús ser campeão, merecidamente, com a vitória por 2 a 0.
O resultado não foi o esperado, já que a Ponte Preta continua sem ganhar um título de expressão ao longo dos 113 anos de história, mas uma coisa é certa: o clube campineiro e sua apaixonada torcida ficaram reconhecidos e respeitados internacionalmente. O título é apenas uma questão de tempo para quem tem, agora, uma legião ainda maior de fãs.
 
Entra e Sai
  • 1
    Dodó
    Volante Atlético-GO
  • 1
    Ricardo Silva
    Zagueiro Ceará
  • 1
    Sidney Moraes
    Técnico Avaí
  • 1
    Tchô
    Meia Figueirense
  • 1
    Adaílton
    Atacante Retornando de empréstimo
  • 1
    Artur
    Lateral Retornando de empréstimo
  • 1
    Baraka
    Volante Sem clube
  • 1
    Betão
    Zagueiro Retornando de empréstimo
  • 1
    Chiquinho
    Meia Sem clube
  • 1
    Edson Bastos
    Goleiro Retornando de empréstimo
  • 1
    Elias
    Meia Retornando de empréstimo
  • 1
    Fellipe Bastos
    Volante Retornando de empréstimo
  • 1
    Fernando Bob
    Volante Retornando de empréstimo
  • 1
    Ferron
    Zagueiro Sport
  • 1
    Leonardo
    Atacante Retornando de empréstimo
  • 1
    Régis
    Lateral Sem clube
  • 1
    Rodrigo Biro
    Lateral Penapolense
  • 1
    William
    Atacante Al-Khor-QAT
Ponte Preta
  • Técnico
    Sidney Moraes
  • Goleiros
    Roberto e Daniel
  • Zagueiros
    César, Diego Sacoman e Raphael Silva
  • Laterais
    Uendel
  • Volantes
    Bruno Silva, Magal, Ferrugem, Alef e Lika
  • Meias
    Adrianinho
  • Atacantes
    Alemão, Éverton Santos, Rildo e Rafael Ratão
Agência Futebol Interior

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