ROUND 2: Pressionado, Pleno do STJD julga Lusa nesta sexta. Confira!

ROUND 2: Pressionado, Pleno do STJD julga Lusa nesta sexta. Confira!

No dia 16 de dezembro, o STJD puniu a Lusa, que acabou rebaixado, e 'salvou' o Fluminense




São Paulo, SP, 26 (AFI) – A bola parou de rolar pelo Campeonato Brasileirop há quase 20 dias, no entanto, o último rebaixado será definido apenas nesta sexta-feira. E o que é pior: sem levar em consideração o resultado dentro de campo. É que a Portuguesa será julgada pelo Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro. O órgão dará o veredito final, pelo menos no âmbito desportivo, sobre a escalação irregular do meia Héverton no empate contra o Grêmio, na última rodada.

 Confira! 


Torcedores acompanharam 1º julgamento no STJD
No primeiro “round”, a Lusa perdeu de goleada. No último dia 16 de dezembro, a 1ª Comissão Disciplinar do STJD puniu o clube do Canindé com a perda de quatro pontos e multa de R$ 1 mil por unânimidade. Foram cinco votos a favor da punição aos paulistas.
Quem comemorou foi o Fluminense, que se beneficiou da punição e, momentaneamente, se livrou do rebaixamento. Com a perda dos pontos, o time rubro-verde caiu para a 17ª posição, com 44 pontos. Logo acima, ficou o Flamengo – também punido pela escalação irregular de André Santos -, com 45 pontos. O Tricolor saltou duas posições, com 46 pontos.
Na oportunidade, o presidente lusitano, Manuel Da Lupa, não se deu por vencido e prometeu recorrer até suas últimas cartadas para livrar a Lusa. Ele prometeu ir à Fifa e até acionar a Justiça Comum. “Nem que seja ação de alguns dos nossos torcedores ilustres. Mas a Portuguesa vai até o inferno para se defender”, disparou.

Héverton é o pivô da polêmica
Argumento negadoA escalação irregular de Héverton aconteceu no dia 8 de dezembro, na última rodada do Brasileirão. Diante do Grêmio, no Canindé, o jogador entrou em campo aos 32 minutos do segundo tempo, apesar de estar suspenso. Ele havia sido expulso contra o Bahia, no dia 24 de novembro, e cumprido um jogo de gancho diante da Ponte Preta, no dia 1.º de dezembro. Julgado no STJD na sexta-feira, dia 6, no entanto, acabou condenado a dois jogos de suspensão.
No julgamento, os representantes da Portuguesa alegaram que não tiveram contato com o advogado do clube, Osvaldo Sestário, que estava no julgamento de Héverton, e que esperavam saber a situação do jogador através do site da CBF. Segundo eles, não havia qualquer informação sobre a punição ao atleta, o que lhe daria condições de jogo.

Por outro lado, o subprocurador William Figueiredo de Oliveira apontou que a obrigação de averiguar as situações dos atletas é dos clubes e não da CBF. Além disso, ressaltou o papel do STJD de se fazer cumprir as regras, independentemente de qualquer questão de "má-fé" de qualquer time.
Del Nero e Marin assistem tudo do alto
Repercussão?Desde a decisão favorável ao Flu, as polêmicas só aumentaram. Federação Paulista de Futebol(FPF) e CBF viraram as costas para a Portuguesa e optaram por não se meter na polêmica. Afinal, a permanência dos cariocas na elite deve garantir um voto a mais para Marco Polo Del Nero nas eleições “cebeéfianas” em 2014.
Por outro lado, os torcedores da Lusa ganharam um reforço de peso. Nas redes sociais, torcedores de vários clubes de todo o Brasil repudiaram a “virada de mesa”. Torcedores tricolores chegaram a ser hostilizados e até agredidos nas ruas, nos últimos dias. Fato que fez o presidente “póz-de-arroz”, Peter Siemsen, divulgar nota de repúdio.
JurisprudênciaDepois de usar argumentos ineficientes no primeiro julgamento, a defesa da Lusa promete colocar a CBF contra a parede. utilizará uma falha no próprio sistema da entidade para provar que o jogador Héverton poderia estar em campo na última rodada, contra o Grêmio. No “BID da Suspensão”, sistema de acesso apenas para a entidade e para os clubes, consta que o meia já havia cumprido a suspensão e, portanto, estaria apto a atuar.

Bugre viveu situação semelhante em 2009
E para aumentar a polêmica, este caso virou jurisprudência. Em 2009, a Lusa esteve do outro lado, ao acusar o Guarani de utilizar o atacante Bruno Cazarine (foto à direita) de maneira irregular na Série B. Naquela oportunidade, os lusitanos apostavam na perda de pontos do Bugre para conquistar o acesso à Série A.
De fato, o jogador atuou irregular por infringir o Art. 5 par. 3 do Regulamento geral de transferências de jogadores da FIFA, que proíbe que um jogador se transfira para três clubes na mesma temporada. Naquele ano, Bruno Cazarine defendeu a Chapecoense, Gyengnam (Coreia do Sul), e posteriormente o Guarani.
Apesar dos rumores de um possível parecer da Fifam favorável à Lusa, o caso não foi para frente e o processo acabou arquivado pelo STJD. Principalmente, porque a CBF assumiu o erro ao revelar que atestou a condição de jogo legal do atleta.
Reviravolta?A polêmica chamou a atenção do Ministério Público, que prometeu fazer uma investigação do caso. O MP irá analisar se os envolvidos no caso, entre eles o advogado Osvaldo Sestário Filho, usaram uma estratégia fora dos gramados afim de prejudicar a Portuguesa e salvar o Flu do rebaixamento. A Promotoria de Direito do Consumidor terá a missão de conferir se o torcedor teve prejuízo com o acontecimento.

Roberto Leal, João Carlos Martins e Fernando CapezFoto: Felipe Rau/Estadão
Além do MP, torcedores comuns e ilustres da Lusa e de outros times também prometem fazer pressão. No último sábado, cerca de 300 torcedores fecharam parte da Avenida Paulista para protestar contra a decisão do STJD. No domingo anterior ao primeiro julgamento, o expediente já havia sido adotado.
O protesto reuniu torcedores de Portuguesa, São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos. Do vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo), a manifestação caminhou em direção à Avenida Paulista no sentido Consolação. Entre os manifestantes estavam o maestro João Carlos Martins, o cantor Roberto Leal e o deputado estadual Fernando Capez (PSDB).
 
Agência Futebol Interior

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