ESPECIAL SELEÇÃO BRASILEIRA: Família Scolari reconquista a torcida

ESPECIAL SELEÇÃO BRASILEIRA: Família Scolari reconquista a torcida

O Brasil foi campeão da Copa das Confederações e chega embalado no Mundial



Campinas, SP, 01 (AFI) - No final de novembro, a Confederação Brasileira deFutebol (CBF) anunciou que Luiz Felipe Scolari seria o substituto de Mano Menezes. A decisão fez a entidade ser alvo de muitas críticas, já que praticamente todo mundo acredita que Felipão estava em decadência, apesar do título da Copa do Brasil pelo Palmeiras. Bastou um ano para o treinador calar os críticos e os brasileiros voltarem a terem orgulho de vestirem a camisa da Seleção Brasileira.

 Confira! 

Felipão, ao lado de seu braço direito e auxiliar técnico Parreira, já realizou algumas mudanças nas suas primeiras convocações, principalmente em relação ao estilo de jogo. Diferente de Mano Menezes, convocou Fred para atuar como homem de referência no setor ofensivo, enquanto Luis Gustavo recebeu a missão de ser o primeiro volante. É justamente essa as principais características dos times comandados por Scolari: um cão de guarda no meio-campo e um matador lá na frente.

Aos poucos, foi colocando seu estilo e formando a "Família Scolari Parte II". Os primeiros seis jogos da Seleção Brasileira na temporada 2013 deixaram os torcedores com uma pulga atrás da orelha: derrota para Inglaterra (2 x 1), empates com Itália (2 x 2), Rússia (1 x 1), Chile (2 x 2) e Inglaterra (2 x 2), e vitória sobre a Bolívia (4 x 0).
O fato de o Brasil conquistar resultado expressivo apenas contra seleções modestas era o que deixava os torcedores preocupados, já que a Copa das Confederações, que seria realizada no país, estava cada vez mais próxima. Mesmo debaixo de muitas críticas, Luiz Felipe Scolari manteve sua linha de trabalho e fazia algumas mudanças nas convocações, mas sempre mostrando que o time titular estava praticamente definido: Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luis Gustavo, Paulinho e Oscar; Hulk, Fred e Neymar.
Mesmo tendo um esboço dos jogadores que devem ir para a Copa do Mundo de 2014, Luiz Felipe Scolari garante que existem vagas abertas e nas últimas convocações vem dando chance para muitos que estavam desacreditados. Um desses casos é Robinho, que se destacou nos jogos contra Honduras e Chile. Por outro lado, Kaká, Ronaldinho Gaúcho e Paulo Henrique Ganso ficam cada vez mais distantes, assim como o jovem Lucas. Apostas como o zagueiro Marquinhos (PSG) e o meia Willian (Chelsea) correm por fora.
Conflitos, problemas e muita união!
Luiz Felipe Scolari ficou conhecido não apenas por seus bons resultados dentro de campo, mas também por sempre priorizar um bom comportamento dos jogadores seja dentro ou fora de campo. Não é a toa que por onde passou montou grupos unidos. E na Seleção Brasileira não foi diferente. Mesmo que o treinador tenha que barrar medalhões como Ronaldinho Gaúcho.

O grupo que iria disputar a Copa das Confederações estava praticamente definido, mas alguns problemas extra-campo fizeram Felipão mudar de ideia. Ronaldinho Gaúcho estava voando no Atlético-MG e, apesar de não desempenhar o mesmo futebol com a amarelinha, brigava para ser o camisa 10. No entanto, o meia chegou atrasado na concentração para o amistoso contra o Chile e acabou perdendo pontos com o treinador, que também não gostou nada de saber das suas várias saídas noturnas.
Outro que se complicou foi Ramires. O volante se apresentou com um dia de atraso acompanhado de um médico do Chelsea pedindo a liberação do amistoso diante da Rússia devido a uma lesão. Bastante chateado, Felipão o cortou da Copa das Confederações e, mesmo tendo chamado o jogador para os últimos jogos, ainda parece não ter engolido a história. Quem também está em baixa com o treinador é Lucas. A revelação do São Paulo não esconde a chateação por ter tido poucas oportunidades e sabe que sua presença na Copa do Mundo é complicada.
Por outro lado, Robinho ganhou moral com Felipão com suas últimas exibições, mas também por ser conhecido como um jogador de elenco. E isso é uma das coisas que o atual treinador da Seleção Brasileira mais preza. União é a palavra que define bem o atual grupo, tanto que começa a ser chamado de "Família Scolari II", relembrando a Seleção que ganhou o Mundial em 2002.
A última polêmica envolvendo a Seleção Brasileira em 2013 foi relacionada ao aproveitamento ou não de Diego Costa. Destaque com a camisa do Atlético de Madrid, o atacante entrou na mira de Felipão e sua comissão técnica, tanto que seria convocado, mas preferiu aceitar a convocação da Espanha, alegando que esse foi o país que abriu as portas para ele conseguir mostrar seu futebol. O treinador brasileiro não poupou críticas ao jogador, dizendo que ele "virou as costas para uma nação".
O orgulho de ser brasileiro voltou...
A Copa das Confederações fez o brasileiro voltar a sentir orgulho de vestir a amarelinha. Apesar de ter começada desacreditada, a Seleção Brasileira, liderada por Neymar e Fred, deu um verdadeiro show nos gramados das arenas construídas para a Copa do Mundo e deixou todo mundo confiante na conquista do hexacampeonato.

No primeiro turno, Japão (3 x 0), México (2 x 0) e a tradicional Itália (4 a 2) foram presas fácil para os comandados de Luiz Felipe Scolari, que a cada jogo mostravam mais entrosamento. Na semifinal, vitória suada sobre o Uruguai, por 2 a 1, e a tão sonhada final diante da Espanha, atual campeã mundial. Maracanã lotado para ver um passeio canarinho. Fred (2) e Neymar garantiram a goleada por 3 a 0 e a festa em todo o Brasil.
Depois do tetracampeonato da Copa das Confederações, a Seleção Brasileira realizou mais sete amistosos e o desempenho foi quase perfeito, se não fosse a derrota para a Suíça, por 1 a 0, logo após o título. Na sequência, vieram as vitórias sobre Austrália (6 x 0), Portugal (3 x 1), Coréia do Sul (2 x 0), Zâmbia (2 x 0), Honduras (5 x 0) e Chile (2 x 1).
Uma seleção que começou o ano totalmente desacreditada e alvo de inúmeras críticas terminou 2013 sendo apontada como uma das principais favoritas a conquistar o título da Copa do Mundo. A "Família Scolari" liderada pelo craque Neymar tem tudo para erguer mais um caneco no Estádio do Maracanã. Afinal, sempre é preciso respeitar uma camisa que tem cinco estrelas acima do escudo.
 
Agência Futebol Interior

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