Com 2 de Juninho, Ipiranga vence o Botafogo e se reabilita na 2ª Divisão
Inspirado, meia-atacante fez gol de placa no Campano.
Depois do apito final, Juninho comentou sobre a reabilitação do time após a dura derrota na primeira rodada e demonstrou humildade ao falar dos gols que deram a vitória ao Ipiranga. “Por ser a primeira partida, o time estava um pouco nervoso. Agora, a equipe entrou mais focada”, resumiu. “Eu estou tentando buscar meu espaço. Consegui fazer dois gols, mas o mais importante é ajudar o time”, completou o artilheiro da partida.
Do outro lado, o volante Maurício tentou explicar o baixo desempenho do Botafogo e a segunda derrota seguida no Campeonato. “Acho que está faltando tranquilidade na frente. O time está criando, os meias estão fazendo o que podem, mas não estamos aproveitando as oportunidades. O único gol que fizemos, até agora, foi de pênalti, então eu acho que está faltando poder de ataque”, analisou.
O marcador ainda protagonizou um fato, no mínimo, inusitado dentro da partida. Após lesão de Veloso, o volante, que é goleiro de ofício, calçou as luvas e assumiu a meta do tricolor da Vila Paraíso. Apesar da bagagem e experiência debaixo das traves, ele não conseguiu impedir os dois tentos do Ipiranga. “É [uma situação] inusitada. Estou tentando ajudar a equipe do Botafogo. O professor pediu para eu jogar no meio improvisado e acabei voltando para o meu lugar normal. Isso faz parte do futebol”, disse o polivalente jogador, que, devido à lesão de Veloso, deve continuar no gol no confronto contra o Igaçaba, no próximo domingo (24). A partida começa às 10h, no Belmiro Fanelli, no Jardim Itamarati.
Domínio total
A goleada por 5x2 diante do Nossa Senhora, no último domingo, não foi o suficiente para desestabilizar o Ipiranga. Jogando com muita consciência e disciplina tática, a equipe do técnico Carlos Roberto se impôs desde o início e venceu sem tomar sustos.
Regidos pelo armador e capitão Marcos Vinícius, os atacantes Jonas e Samuel atormentaram a zaga tricolor e criaram três boas chances de gol no primeiro tempo, todas frustradas pelo goleiro Veloso. Acuado, o Botafogo apostava na individualidade do atacante Biro, que, sozinho, pouco pôde fazer contra os zagueiros Marião e Eliel.
Durante o intervalo, o volante Naldinho reconheceu a superioridade adversária e atribuiu o fraco desempenho tricolor aos desfalques da equipe. “A gente está tomando sufoco porque nós não temos um homem para chegar na frente. Faltaram vários jogadores do nosso time e nós não estamos criando. O time deles foi muito superior no primeiro tempo.”
Destaque do Ipiranga, o atacante Jonas também analisou a atuação do time na primeira etapa. “Está faltando mais movimentação na frente e mais objetividade. Vamos continuar marcando certinho e pressionando o time dos caras, que logo vai sair o gol.”
Arma secreta
Logo no início do segundo tempo, em cobrança de falta, Marcos Vinícius acertou o travessão de Veloso e mostrou que o Ipiranga continuaria a pressão dos primeiros 45 minutos. Buscando dar mais mobilidade ao ataque, o técnico Clodoaldo José Domingos, o “Clodô”, sacou o volante Robson para a entrada de Juninho.
O meia-atacante trouxe a objetividade pedida por Jonas durante o intervalo e colocou fogo na partida. Em sua primeira participação, soltou uma bomba de fora da área, Veloso rebateu nos pés de Samuel, que empurrou para as redes. A comemoração, entretanto, durou apenas alguns segundos. O assistente Alcimar de Oliveira pegou impedimento do atacante e invalidou o gol. Na mesma jogada, Veloso quebrou um dedo e precisou ser substituído. O escolhido foi o volante Maurício, que deixou a linha para assumir a meta tricolor, dando lugar a Rodolfo.
A boa chance do Ipiranga era o prenúncio do que estava por vir. Aos 29 minutos, Juninho dominou na intermediária, abaixou a cabeça e arrematou. O chute despretensioso tomou velocidade e surpreendeu Maurício, que, sem reação, apenas observou a bola balançar as redes. Dois minutos depois, Jonas escapou pela direita e lançou rasteiro em direção ao gol. A bola cruzou toda a área e sobrou limpa para Juninho, que marcou o segundo dele no jogo.
Abatido e sem poder de reação, o Botafogo continuou sendo pressionado até o final e não exigiu uma única defesa do goleiro Marcão. A única chance real de gol do tricolor foi criada somente aos 43, quando Alan Patrick escorou cruzamento na área e acertou a trave. No mais, nada mais! Final: Ipiranga 2, Botafogo 0.
Botafogo
Veloso (Maurício), Bruno (Renan, Alan Patrick), Erick, Mazola, Naldinho (Sidnei), Lói, Rogério (Dedão), Maurício (Rodolfo), Biro, Wendel e Ramon. Técnico: Carlos Roberto.
Ipiranga
Marcão, Adriano (Quejinho), Marião, Eliel, Tucão (Mateus), Elizer (David), Fábio, Robson (Juninho), Samuel (Marcos), Marcos Vinícius, Jonas e Gustavo. Técnico: Clodoaldo José.
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