A despedida de Um Um Campeão Valeu Rivaldo Na despedida de Rivaldo, empate com o Luverdense

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Na despedida de Rivaldo, empate com o Luverdense

Na despedida de Rivaldo, empate com o Luverdense
Da Redação
Se para o futebol mundial Rivaldo é tido como ídolo e como um dos melhores camisas 10 que já vestiu a camisa da Seleção Brasileira, a relação dele com o Mogi Mirim se resume a um misto de amor e ódio. Na noite deste sábado, 15 de gosto de 2015, Rivaldo colocou ponto final definitivo na relação com o Sapo. Fez o seu último jogo, no empate do Mogi para o Luverdense por 1 a 1, pela Série-B do Campeonato Brasileiro.
Revelado pelo Santa Cruz, o futebol apresentado por Rivaldo e outros três companheiros na Copa São Paulo de Futebol Júnior trouxe para Mogi Mirim quem seria o melhor jogador do mundo, eleito pela Fifa em 1999. Em 1992, Rivaldo se apresentou ao mundo como uma das engrenagens do Carrossel Caipira, um esquema tático muito bem pensado por Osvaldo Alvarez, o Vadão. O clube fez sucesso. Faltou título, é verdade, mas a fama fez o então Mogi de Wilson Fernandes de Barros reforçar o caixa.
Após uma passagem pelo Corinthians, Rivaldo se transferiu em definitivo para o Palmeiras, onde brilhou com gols e títulos na era mais rica do time palestrino. A fama fez Rivaldo explodir para o mundo. Jogou no La Coruña antes de vestir a camisa 10 do Barcelona. Comandou um dos principais clubes do mundo em conquistas inesquecíveis. Rivaldo fez história. A maestria foi vista também com a camisa da Seleção Brasileira. Um dos principais nomes do Brasil na Copa de 1998, na França. E sem dúvida, uma das estrelas, ao lado de Ronaldo Fenômeno, no mundial de 2002, ocasião em que o país conquistou o penta.
Rivaldo, a partir daí, cumpriu uma fase importante da carreira. Jogou – e muito bem – no futebol grego, foi engordar o caixa no Uzbequistão e veio parar no país, jogando por São Paulo e São Caetano, antes do fim em Mogi Mirim. O encerramento de uma vitoriosa carreira como jogador seria ano passado, mas a má-fase do time fez Rivaldo adiar a aposentadoria neste ano. Foi importante para um início de reação que quase tirou o Sapo para zona de rebaixamento.
Fora de campo, Rivaldo vinha colecionando polêmica, com a mudança do nome do estádio, problemas enfrentados em seu empreendimento imobiliário e a igreja Nossa Senhora do Carmo, além do imbróglio dos centros de treinamento de Limeira e Mogi Guaçu, que ficaram com Rivaldo após a mudança de comando do clube. Rivaldo não é mais presidente. Passou a ser agora um ex-jogador do Mogi. Pra valer.
Aos 43 anos, com problemas no joelho, tem propostas de clubes do exterior. Há quem garanta que vai ganhar mais alguns milhares de dólares no futebol norte-americano. Fato é que Rivaldo escreveu sua história. Infelizmente, os bons momentos vividos dentro de campo não se repetiram fora das quatro linhas. A relação com a torcida nunca foi sadia. Pelo contrário, fruto de decisões questionáveis. Rivaldo, a melhor opção para comandar o Mogi na fase pós-família Barros, não foi o Rivaldo que todos esperavam.
Na partida de despedida, sem grande pompa e nem torcida à altura de sua história, Rivaldo ainda foi o melhor jogador do Mogi em campo, apesar de o time não corresponder à expectativa. O Luverdense veio preparado, forte na marcação, dificultando o ataque nem um pouco criativo do Sapo. Diego Rosa aproveitou uma falha geral da zaga para abrir o placar aos 14 minutos do primeiro tempo. O Mogi teve muita dificuldades para chegar ao gol adversário. A primeira boa chance surgiu com Edson Ratinho, aos 27. Depois, vieram oportunidades com Rivaldo Júnior e Magal. Por fim, Rivaldo tentou duas vezes em cobranças de falta. Aos 41, mandou a bola rente ao ângulo esquerdo do clube de Lucas do Rio Verde. Aos 48, chutou nas mãos do goleiro.
Na segunda etapa, o Luverdense teve pelo menos quatro chances reais para ampliar. Uma delas foi uma bola na trave. O Mogi tentou aos trancos chegar ao empate. Reclamou de um pênalti não marcado sobre Serginho. Já sentindo dores e visivelmente cansado, Rivaldo deixou o campo aos 31 minutos. Era o ponto final para Rivaldo. Não para o Mogi. Aos 36 minutos Ortigoza deixou tudo igual. Alívio para o Sapo.

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