ESPECIAL PAULISTÃO: Interior surpreende, mas domínio segue dos gigantes

ESPECIAL PAULISTÃO: Interior surpreende, mas domínio segue dos gigantes

Com Mogi e Penapolense em destaque, Corinthians levanta o caneco



Campinas, SP, 25 (AFI) - O Campeonato Paulista foi de 2013, mas poderia ser o de 2012, 2011, 2010 e qualquer outro das últimas duas décadas. Sofrendo sem ajuda ou apoio da própria Federação Paulista de Futebol, que organiza o estadual, os pequenos apareceram como gratas surpresas, casos de Mogi Mirim e Penapolense, mas o domínio segue com os grandes. Bom para o Corinthians, que bateu o Santos de Neymar e fatou o 27º caneco.
O Paulista foi histórico, conquistada muito mais com lágrimas e suor do que com recursos e planejamento. Mas o que importa ter ajuda e um campeonato estruturado, não é Federação? É só o Paulistão mesmo...

A estenuante e cansativa fórmula dos anos anteriores foi repetida. Foram 19 rodadas, mais o mata-mata. Tudo isto no começo de uma nova temporada. Desta forma, os grande demoraram a entrar em campo com o que tem de melhor, principalmente, o Corinthians que havia acabado de retornar da conquista do Mundial de Clubes, no Japão. Nas primeiras rodadas, até o folclórico Zizao foi para o campo.
Na primeira fase, o campeonato não teve muitas novidades. São Paulo, Mogi Mirim, Santos e Ponte Preta revezaram pelas primeiras rodadas, mas o Tricolor foi quem ficou com a liderança e a possibilidade de decidir os mata-matas dentro de casa. Melhor do interior, por outro lado, o Mogi fez grande campanha. Sob o comando do competente, Dado Cavalcanti, a equipe terminou com o melhor ataque com 36 gols marcados.
Enquanto disputada as primeiras posições, a Ponte Preta quebrou o recorde do time de 1981 e ficou 16 jogos sem perder no Campeonato Paulista, a derrocada veio justamente no reencontro com o técnico Gilson Kleina, que deixou o clube pelas portas do fundos em 2012. Ainda se estruturando, Palmeiras e Corinthians fizeram torneio irregular na primeira fase, terminando em sexto e quinto, respectivamente.
O Verdão, inclusive, passou vergonha durante o Paulistão. Além de perder para o Penapolense, dentro de casa, que fazia sua primeira partida na história noEstádio do Pacaembu, o Palmeiras tomou de 6 do Mirassol. Isto mesmo, 6 a 2. Nas outras vagas para às quartas-de-final, Botafogo e o caçulinha ficaram com a classificação, honrando o interior.

Clássicos e intruso!
Nos mata-matas, disputadas em jogo único, o São Paulo deu mostras do que seria durante o restante da temporada e sofreu para derrotar o Penapolense, por um magro 1 a 0, no Estádio do Morumbi. Já o Mogi Mirim manteve o embalo da primeira fase e atropelou o Mogi Mirim, por 6 a 0, no Estádio Romildo Vitor Ferreira. O resultado voltou os olhos para a máquina de Dado Cavalcanti.
A Ponte Preta, por outro lado, decepcionou. Acreditando na possibilidade de título por enfrentar o Corinthians dentro de casa, a Macaca não foi nem sombra do time da primeira fase e acabou goleada por 4 a 0, acabando com os sonhos. Na Vila Belmiro, Santos e Palmeiras fizeram o primeiro clássico do mata-mata. Após perder uma série de gols, o Peixe permitiu o empate no tempo normal, mas levou a vaga nos pênaltis.
O clássico entre São Paulo e Corinthians aqueceram as semifinais. Mesmo com um jogo sem muitas emoções e chances de gols, os times fizeram um clássico polêmico nas penalidades. Na cobrança decisiva de Alexandre Pato, o veterano Rogério Ceni se adiantou quase até a pequena área, a arbitragem mandou voltar e Pato classificou o Timão. É claro, que a reclamção o capitão Tricolor foi imensa.
Na outra semi, disputada em Mogi Mirim, já que o time do interior teve melhor campanha, o Santos teve vida dura e o empate no tempo normal levou a partida para as penalidades. Foram precisas sete cobranças. Depois de inúmeros erros, alternâncias no placar, Roni, um dos principais destaques do Paulistão, perdeu e Edu Dracena marcou.

Decisão, mas e a emoção?
O Santos tinha um sonho de conquistar o tetracampeonato paulista. Apenas tinha. As coisas ficaram mais difíceis para o Peixe quando cruzou o caminho do Corinthians. No jogo de ida, o Timão cansou de perder gols, mas saiu em vantagem ao vencer a partida de ida no Pacaembu, por 2 a 1.
Na volta, com a Vila Belmiro lotada, o Santos não jogou bem, mas saiu na frente, após pelo gol de Cícero. Em seguida, enquanto ainda comemorava, o Timão foi lá e empatou com Danilo. Mesmo depois de tanta pressão, o time da capital conseguiu segurar o resultado e impedir a conquista do tetra inédito no estadual.
O interior também teve seu decisão. Ponte Preta e Penapolense passaram por Linense e Botafogo, respectivamente. O CAP foi a principal surpresa, pois passou pelo time de Ribeirão Preta com uma goleada por 4 a 1, jogando fora de casa. Na grande final, a Macaca acabou com a conquista. Após empate sem gols, no Tenente Carriço, em Penápolis, os campineiros levaram a decisão para Campinas e golearam por 4 a 1, levando um prêmio de consolação pela boa campanha.

Vergonha bugrina!
O Paulistão, no entanto, não foi de festa para quatro times, que o diga Guarani, São Caetano, Mirassol e União Barbarense, todos rebaixados à Série A2. Além de terminar na lanterna, com a pior campanha de sua história, o Bugre conheceu sua nona queda em 12 anos. A situação ficou ainda mais delicada, pois os campineiros eram os atuais campeões estaduais.
O time campineiro terminou o torneio com apenas duas vitórias e 13 derrotas. O São Caetano não ficou muito atrás e mostrou o que seria o pior ano de sua história ao ser rebaixado também com duas vitórias. A surpresa, porém, ficou com o Mirassol. Após fazer boas campanhas nos anos anteriores, a equipe viu os rivais diretos (Atlético Sorocaba, Paulista e Ituano) crescerem na última rodada e escaparem.
 
Agência Futebol Interior

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