ESPECIAL SÉRIE A2: Portuguesa ressuscita e Audax faz história

ESPECIAL SÉRIE A2: Portuguesa ressuscita e Audax faz história

A Portuguesa sofreu altos e baixos, mas retornou a elite do futebol paulista

Publicado na quarta-feira,
Campinas, SP, 25 (AFI) – Como de costume, o Campeonato Paulista da Série A2 reservou fortes emoções aos torcedores, principalmente os da Portuguesa, que queriam ver o time de volta à elite do Estado. Mais ainda para os que acompanham o Audax, que em menos de dez anos de fundação conquistou o acesso para 2014.

 Confira! 

Com um orçamento superior ao dos rivais, a Portuguesa era temida por todos, mas não conseguia transferir o favoritismo para dentro do campo. Muito provavelmente pela escolha errada de um treinador que não conhecia a Divisão: Péricles Chamusca. Logo na primeira rodada, por exemplo, derrota para o Monte Azul, por 1 a 0, fora de casa.

A desconfiança permaneceu durante toda a primeira fase, quando o time terminou na vice-liderança, com 40 pontos – cinco a menos que o líder Audax. O que valia mesmo era o Quadrangular Final, e a força lusitana apareceu logo na estreia, com vitória sobre o Catanduvense, por 2 a 1, fora de casa.
Mas, até mesmo a soberana Portuguesa estava em crise em plena Série A2. Na terceira rodada da fase final o time foi atuar diante do Comercial, em Ribeirão Preto. Tinha tudo para ser um dos melhores jogos do campeonato, mas os donos da casa venceram por 7 a 0. Resultado que entrou para a história e que cravou a demissão de Chamusca. Em seguida, o interino Coronel Pimenta foi efetivado até o acesso.
Audax sempre em altaQuem sempre esteve em alta no campeonato e sabendo jogar dentro e fora de casa foi o Audax, comandado pelo técnico Fernando Diniz. O time da capital montou um elenco competitivo. Com um esquema que era mortal nos contra-ataques e que surpreendeu muitos favoritos dentro de suas próprias casas.
Ao contrário da Portuguesa, os jogadores eram menos conhecidos, mas que entravam em campo como se todas as partidas fossem decisões. O destaque do time acabou sendo o atacante Rafael Martins, artilheiro do Audax com 11 gols. Isso sem falar nas boas atuações do goleiro Juninho e do miolo de zaga, formado por Martinelli e Anderson Marques.
Na primeira fase, o time terminou na liderança, com 45 pontos ganhos. Foram 14 vitórias, três empates e apenas duas derrotas. Um aproveitamento de 78,9% dos pontos que estiveram em disputa. No Quadrangular final a mesma regularidade. Fernando Diniz deixou o time na vice-liderança do Grupo A e garantiu o acesso – ao lado do primeiro colocado Rio Claro.
Rio Claro retorna ao PaulistãoImpossível não falar de Série A2 e não lembrar do Rio Claro, que sob o comando de Paulo Roberto também conquistou o acesso ao Paulistão de 2014. A campanha começou meio que aos trancos e barrancos, mas ganhou força e foi suficiente para levar o time ao vice-campeonato – perdeu para a Portuguesa na decisão.
O Rio Claro passou um sufoco danado na primeira fase. Viveu altos e baixos e precisou de um tratamento de choque para entrar nos trilhos. O Galo Azul terminou na quinta posição, com 31 ponto – dois a mais que o Red Bull, oitavo colocado. Na fase final, no Grupo A, o time foi líder e sem complicações ascendeu, de novo, ao Paulistão.
Como foi o primeiro colocado na fase final, o Rio Claro foi disputar a decisão com a Portuguesa. Na primeira partida deu Lusa: 2 a 1, em pleno Schimidtão. Na volta, no Canindé, o time do interior venceu por 1 a 0, resultado que não era o suficiente para desbancar a então favorita a conquista Estadual.
‘Rei do Acesso’ tem seu mérito
Mais uma vez a estrela de Luís Carlos Martins brilhou. O treinador foi essencial na campanha do acesso do Comercial. Um dos times mais organizados no campeonato e que fez frente a Portuguesa, com um elenco três vezes mais caro. Com ele as dificuldades parecem ser menores. Muita conversa e confiança. Ingredientes que colaboram pela classificação e depois o acesso do Bafo de Ribeirão Preto.
Rebaixamento!
Em 2013 alguns times pagaram o preço pelo mal planejamento. Caso de Noroeste e Juventus, que sob administrações catastróficas acabaram caindo para a Série A3 do Campeonato Paulista. A dupla sofreu durante toda a competição com salários atrasados, além de terem um elenco fraco tecnicamente e sem forças para reagir.

Principalmente o Noroeste, que depois da saída da “Família Garcia” está mais parecendo um meteoro. Está entregue à mãos de empresários e pessoas que não conhecem o futebol. Esses fatores colaboram para o descenso, e desanimaram os torcedores, que preferiam ficar em casa do que ir ao estádio.
Além de Noroeste e Juventus, São Carlos e Santacruzense também caíram. Estes dois últimos se esforçaram. O primeiro por não ter apostado num treinador experiente na Divisão, e o outro por insistir em jogadores que fizeram sucessocom a camisa do clube, mas que hoje já podem aposentar e procurar outra profissão.
Artilheiros
O artilheiro da Série A3 de 2013 não foi de nenhum dos times que conquistaram o acesso ao Paulistão. Luiz Fernando Borges Romão, mais conhecido como Romão, marcou 17 gols pelo Capivariano e por pouco não ajudou o clube a marcar história no futebol paulista. Ele é irmão do meia Fabinho Romão, que já atuou pelo Guarani.
Logo em seguida aparece Macena, do Comercial, autor de 13 gols. O bom desempenho levou o jogador para o Ceará, mas lá não teve espaço e acabou emprestado ao Guarani para disputar a Série C. Em Campinas foi um dos melhores do setor, mas como o elenco do time era limitado, não conseguiu evitar o vexame de sequer avançar da primeira fase da competição.
Completam a lista dos artilheiros: Alex Afonso (Rio Claro), com 11 gols; e Rafael Martins (Audax) e Diego Viana (Portuguesa), com dez.
Subiram
Portuguesa
Rio Claro
Comercial
Audax
Caíram
Noroeste
Santacruzense
São Carlos
Juventus
 
Guilherme Rig

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