Há um antigo ditado que diz: “é de pequeno que se torce o pepino”. Meu pai falava isso toda vez que me passava um sermão, todos eles merecidíssimos. Hoje eu agradeço a paciência do velho em torcer o pepino. É essa paciência que eu gostaria de ver nos dirigentes dos clubes, nos treinadores dessas equipes juniores, em toda arbitragem da Copinha e na própria organização da competição. Somente uma ação conjunta pode surtir um bom efeito nos meninos que são nossas promessas para os próximos anos.
Mas os que não tiveram essa estrutura, podem ainda ser corrigidos nos próprios clubes. Dirigentes e treinadores devem estar atento à disciplina, dentro e fora de campo. Torcer agora o pepino do “fair play”, do jogo limpo, do respeito ao adversário e aos colegas do próprio time. Tudo isso deveria vir antes do talento. É preciso refrear a ansiedade dos meninos e mostrar a eles que um grande craque nasce de um grande caráter antes de tudo.
A organização do evento e a arbitragem devem ser severas com a punição à violência dentro de campo. Jogadores que brigam, socam seus adversários, praticam anti-jogo ou esquecem que estão dentro de uma arena de futebol e não no rinque, circo ou teatro, esses devem aprender agora que tudo isso tem um preço alto a se pagar. É a última chance de entenderem o recado antes de se tornarem profissionais. E, mais tarde, como profissionais, poderão dar melhor exemplo para os pupilos que buscam suas chances.
Que venha, então, a Copinha, com a chuva de sempre, com os bons jogos costumeiros, com toda impetuosidade da garotada. Mas que seja muito mais que uma vitrine, como sempre dizem. Que seja uma oportunidade para que o pepino seja torcido, e, além de craques, forme grandes seres humanos que jogam futebol.
0 comentários:
Postar um comentário