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Série B: Sem contrato, Rivaldinho pode desfalcar Mogi Mirim contra Criciúma Matheus Ortigoza e Everaldo são as principais opções do técnico Sérgio Guedes para vaga de Rivaldinho.
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Caso Barueri pode ser o início de greves em outros clubes do futebol brasileiro
Caso Barueri pode ser o início de greves em outros clubes do futebol brasileiro
Clube se recusou a entrar em campo na última sexta-feira por não receber salários
por Gustavo Porto
Campinas, SP, 18 (AFI) – Na última sexta-feira, o Barueri não
entrou em campo para enfrentar o Operário na Série D do Campeonato
Brasileiro como forma de protesto por conta dos salários atrasados, e
esse fato pode atingir diversos clubes do futebol brasileiro.
Na Série A do Brasileiro, o Botafogo
vive sérias crises financeiras desde o ano passado. Com jogadores sem
receber há mais de dois meses, situação semelhante à do Barueri, o
presidente do clube, Maurício Assumpção, ameaçou a tirar o clube da
competição, mas acabou mantendo o Botafogo no Brasileiro.
Jogadores do Botafogo fizeram protesto durante a partida contra o Cruzeiro
Fato parecido com o do Barueri também ocorre na Série B. Alguns jogadores do Paraná
não recebem salários há incríveis sete meses, mas a maioria não passa
de “simples” três meses sem receber. Asism como no Barueri, os jogadores
ameaçam greve para os próximos jogos da competição caso não recebam o
que tem que ser pago pelo clube. Antes da Copa do Mundo, Atlético-GO,
Vila Nova e Náutico também ameaçaram greve, mas conseguiram quitar suas
dívidas.
Para não passar em branco, a Série C também tem seus times endividados. O elenco do Guarani ficou
mais de dois meses sem receber, mas a diretoria quitou as dívidas de
junho e prometeu pagar o restante de julho e julho ainda esta semana.
Elenco do Barueri fez greve na última sexta-feira e pode desencadear uma série de protestos
Um pouco mais grave foi a situação do Crac.
O clube de Catalão, interior de Goiás, chegou a anunciar sua saída da
Série C do Brasileiro pela falta de investimentos e por dever salário
aos jogadores – o clube tinha dívida de cerca de R$ 3 milhões. Como
tinha 24 horas para tentar apoio financeiro da prefeitura e de
investidores, o clube conseguiu parte do dinheiro e resolveu voltar à
competição.
Porém, as Séries A, B e C têm um problema que a Série
D, última divisão do futebol brasileiro, não tem. Caso os jogadores se
neguem a entrar em campo, o clube pode ser punido com o rebaixamento à
divisão inferior, fazendo com que os atletas pensem duas vezes antes de
tomar tal decisão.
LEI PELÉ ATRAPALHA OS CLUBES
Criada em 24 de março de 1998, a Lei Pelé
tem sido prejudicial aos clubes brasileiros. O efeito principal da lei
criada pelo Rei do futebol, na época Ministro do Esporte, é uma norma
jurídica brasileira com base nos princípios presentes na Constituição,
cujo efeito mais conhecido foi ter mudado a legislação sobre o passe dos
jogadores.
Antes da criação da Lei, os clubes tinham o poder
sobre o passe dos atletas, que recebiam 15% do valor de sua negociação. O
que atrapalhou a “era pré-Lei Pelé” foi o fato de algumas entidades não
serem transparentes na hora de expor os valores negociados.
Com a
criação da Lei Pelé, o clube perdeu as decisões sobre a carreira do
jogador e, indiretamente, a transferiu para o empresário privado, que
muitas vezes prefere pensar na sua carreira do que na do jogador, que
acaba virando mercadoria nas mãos de pessoas errados.
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